tag:blogger.com,1999:blog-55420232024-03-14T01:23:52.251+00:00A Praia«I try to be as progressive as I can possibly be, as long as I don't have to try too hard.» (Lou Reed)Unknownnoreply@blogger.comBlogger1416125tag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-24615202402093816602017-01-12T22:12:00.000+00:002017-01-25T22:14:47.207+00:00O que era ser fixe
Muitas vezes perdemos de vista que Soares não foi sempre um político bem-sucedido: que, como assinalou João Soares no discurso do funeral, ele “viveu mais tempo em ditadura do que em liberdade”. Foi na resistência à ditadura que se moldaram os traços essenciais do seu modo de funcionamento político, como bem explica Rui Ramos no seu ensaio no Observador. Afinal de contas, Soares estava a meses Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-88233046057422859212007-05-25T15:11:00.000+01:002007-05-25T15:37:19.914+01:00Mais cedo que tarde, disse eu.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-71582091919026473482007-05-10T17:48:00.000+01:002007-05-10T23:00:20.815+01:00Não sei se as legendas fazem faltaIsto é um excerto do filme Climas, que está neste momento em exibição em Lisboa. Não sei se as legendas fazem falta. Por cima deste excerto não posso pôr mais nada. Ao fim de quase quatro anos, não faz muito sentido continuar a ter o mesmo blog. Não é possível continuar a escrever como em 2003. Mais cedo que tarde, voltarei a ter um blog individual, com outro endereço, outro nome e outro layout (Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-42909846917544047342007-05-08T11:37:00.001+01:002007-05-08T11:37:31.774+01:00Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1170511389143820652007-02-03T13:59:00.000+00:002007-02-03T14:03:10.150+00:00Um instante de lucidez«Por isso, e apesar da [sic] minha opinião não interessar a ninguém...»[Esther Mucznik, no Público de hoje, num artigo que esclareço que não li.]Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1169916489868572752007-01-27T16:46:00.000+00:002007-01-27T16:48:09.903+00:00Da vontade de não ser levado a sérioRui TavaresPúblico, 27 de Janeiro de 2007No meu tempo de faculdade, a única maneira de ainda ter aulas com o professor José Mattoso era inscrevermo-nos numa cadeira opcional de História das Religiões na Idade Média. Eu fui um dos sortudos que assistiram a essas aulas - e uma em particular é o ponto de partida para esta crónica. Naquele dia o professor comentavaUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1169817028920528352007-01-26T13:07:00.000+00:002007-01-26T13:10:56.000+00:00Lacaias assim[À investigação do Miguel Marujo]A ministra dos Negócios Estrangeiros da Colômbia é com toda a probabilidade uma lacaia do imperialismo. Oxalá houvesse muitas lacaias assim.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1169657040759727782007-01-24T16:34:00.000+00:002007-01-24T16:44:00.903+00:00Retrato de Tom Zé por Vera Tavares, do livroCarlos Vaz Marques recolhe em livro um conjunto de entrevistas que fez com músicos brasileiros para o programa de rádio «Pessoal e… Transmissível». Não é perfeitamente claro que haja nestas entrevistas uma identidade de estilo: algumas são biográficas, outras quase «doutrinárias»; algumas apresentações de músicos, outras conversas com interlocutores Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1169233977035092712007-01-19T17:55:00.000+00:002007-01-19T19:33:51.026+00:00Woody Allen 2007Francamente, não me ocorre nenhum pretexto para esta fotografiaNo âmbito de um texto sobre os filmes que vi no ano passado, fiz um comentário superficial a Match Point (2005) – que obteve reacção imediata, por exemplo, ali. Nesse comentário, eu estabelecia uma comparação entre o penúltimo Woody Allen e dois outros filmes mais antigos, geralmente considerados «menores»: A Maldição do Escorpião de Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1169062909767017352007-01-17T19:29:00.000+00:002007-01-17T19:41:50.080+00:00Um contra todosEscrevo num sms: «O filho da Francisca nasceu!» e dou-me conta da incongruência da frase. É muito mais raro escrever que fulano de tal nasceu do que fulano de tal morreu - pelo menos com valor informativo, como novidade, num sms. Revejo as mensagens dos últimos tempos: é Pinochet, Cesariny, Robert Altman, Fidel Castro, Noiret, contra o filho da Francisca! Pois parece que foi esta tarde: uma coisaUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1166056546113650612006-12-14T00:29:00.000+00:002006-12-14T00:47:14.680+00:00Verdes anosO artigo de Pedro Mexia na revista do Diário de Notícias do último sábado era uma homenagem a Adrienne Shelly. Shelly não era uma actriz célebre. Entrava nos primeiros dois filmes de Hal Hartley – Trust (1990) e The Unbelievable Truth (1989) – que vimos à entrada da década de 1990. Esses dois filmes, mais Simple Men (1991), marcaram uma época, e marcaram-nos a nós, que os vimos naquela altura; Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1165518237234148262006-12-07T18:59:00.000+00:002006-12-07T19:03:57.283+00:00Taça UEFAHá muita gente convencida de que o Sporting perdeu na terça-feira a oportunidade de jogar para a Taça UEFA. Pelo contrário. Depois do que se passou na terça-feira, o Sporting vai passar a época inteira a jogar para a Taça UEFA. A do próximo ano, bem entendido.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1164217548956881552006-11-22T17:35:00.000+00:002006-11-29T19:02:33.480+00:00AltmanJulianne Moore em Shortcuts - clicar para verRobert Altman, que morreu esta semana, conheceu uma espécie de moda nos inícios dos anos 1990, com «O Jogador» (1992) e «Shortcuts» (1993). Vi uns cinco dele a partir daí (Kansas City, Prêt-a-porter, Gosford Park), nada para trás, e gostei dos dois primeiros. Mas no essencial ficou só uma imagem, Julianne Moore (que na altura eu não sabia que era Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1161704491599185122006-10-25T01:29:00.000+01:002006-10-25T01:39:39.116+01:00Esta rapaziada deve estar a tocar automaticamente quando se entra na página. Se não, é questão de carregar no play ali em cima à direita. E clicar na foto para aumentar.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1161698411512987272006-10-24T14:52:00.000+01:002006-10-24T16:03:03.386+01:00PaulinhaTatuou um ganesh na coxachegou com a boca roxa de botoxexigindo rocksMacacos me mordam se tenho alguma ideia do que estes versos podem querer dizer. A letra parece ser um disparate completo: passa três minutos a chamar a outra de «rata». E acrescenta o pormenor bizarro de dedicar a canção ao «zeca», que pelas minhas contas é o próprio filho do Caetano com a Paula Lavigne. Mas a entrada rockeira éUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1161268312859256652006-10-19T15:31:00.000+01:002006-10-19T15:31:53.676+01:00CúmulosEra tão anarquista que não tinha sistema nervoso central.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1161190996016656912006-10-18T17:41:00.002+01:002006-10-19T13:45:06.593+01:00OdeioPara anunciar que este blog vai acabar, já é tarde: há semanas que quem passa por aqui não encontra novidades. Para anunciar que acabou, ainda é cedo: não sei o que me reservam os próximos meses. Não sei se é purgatório, se é apenas limbo este estado em que me encontro.Entretanto, duas notas sobre personagens que me dizem muito. A música que toca neste blog, a última que acrescentei à music-box (Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1168284951425928082006-09-28T19:31:00.000+01:002007-01-12T16:24:37.276+00:00O paraíso jáAinda está em exibição em Lisboa (no King) Paradise Now, um filme palestiniano sobre dois bombistas suicidas. Tem aspectos esquemáticos, designadamente um diálogo entre um personagem que defende o bombismo e outro que defende a resistência pacífica (sendo que o segundo é mulher e bonita e letrada). Mas globalmente é um bom filme, uma boa surpresa. Para mim, a surpresa maior foi ver que o filme Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1168284608147989452006-09-28T19:17:00.000+01:002007-01-08T19:30:08.183+00:00O legado de Isaiah Berlin[Publicado originariamente no 5 dias.]Uma das coisas que suscita curiosidade sobre a China é saber como são a televisão e as livrarias – isto é, como é a liberdade de imprensa. Nos hotéis onde estive apanhavam-se geralmente cerca de trinta canais – quase todos em mandarim, um canal chinês falado em inglês e, ocasionalmente, canais internacionais, como a CNN. A ementa dos canais chineses não Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1159280475762384102006-09-26T15:17:00.000+01:002006-09-26T15:56:27.106+01:00Em Life Aquatic with Steve Zissou (2004), há um negão que aparece no ecrã, sem anúncio prévio, e canta músicas de David Bowie em português, virando as letras todas do avesso. «Five Years», na versão de Seu Jorge, está agora ali na music-box.Em complemento do texto de ontem do Pedro Magalhães, não percam o texto do Chico Buarque e a entrevista do Caetano sobre as eleições brasileiras, que o Rui Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1159205350297695052006-09-25T18:24:00.000+01:002006-09-25T18:29:10.363+01:00Este rapaz é tão bom, podia escrever no Economist.Lula e o futuroPedro MagalhãesPúblico, 25 de Setembro 2006Nos seis meses que precederam as eleições presidenciais brasileiras de 2002, o real perdeu 40 por cento do seu valor e o índice de bolsa de São Paulo baixou cerca de 30 por cento. Em Junho desse ano, Alan Greenspan, chefe do banco central americano, avisava que «a causa da crise brasileira Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1158666473370420182006-09-25T00:04:00.000+01:002006-09-25T00:53:17.230+01:00Like a baby that is shiveringCohen fez 72 anos na quinta-feira passada.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1159141071121095872006-09-25T00:02:00.000+01:002006-09-25T00:43:20.666+01:00A young poet from CanadaÀs vezes estou a ouvir o primeiro disco de Cohen, gravado em 1967 («Suzanne», ou «So Long, Marianne», ou «Sisters of Mercy»), e ocorre-me esta ideia bizarra: a voz que estou a ouvir como se fosse agora, como se fosse em directo, vem de um mundo em que «Suzanne», «So Long, Marianne» e «Sisters of Mercy» ainda não existiam. Não eram canções milhões de vezes ouvidas, canções mais uma vez recitadas. Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1158945003817380792006-09-22T18:09:00.000+01:002006-09-22T18:10:03.886+01:00Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542023.post-1158854001417552202006-09-21T19:29:00.000+01:002006-09-21T19:36:19.130+01:00He won't come. We won't talk. We won't laugh. (...) We won't sit down together to watch The Simpsons and Seinfeld, and we won't listen to Johnny Cash, and we won't feel the strong embrace.[Do texto lido pelo escritor israelita David Grossman no funeral do seu filho, militar morto na guerra do mês passado.]Na music-box, lá em cima à direita, «The man comes around», do último disco que Johnny Cash Unknownnoreply@blogger.com