«I try to be as progressive as I can possibly be, as long as I don't have to try too hard.» (Lou Reed)
quinta-feira, abril 28, 2005
Post de Primavera (2)
Gosto do Verão por causa da praia. Da Primavera, por causa da cidade.
Post de Primavera
[ou Liberta o teenager que há em ti]
O eixo Paris-Berlim é muito importante. Mas que dizer do eixo Príncipe Real-Rato-Amoreiras? Do eixo Rato-Estrela? O Rato-Estrela parece-me insuperável.
For no one
[Razões para só gostar dos anos 1980]
Dezasseis anos, hoje (e eu tinha dezasseis anos). Pequeno-almoço na Brasileira à hora em que abriu. Uma bica dupla - coisas da idade. Os jornais: O Independente, com a notícia da saída de Otelo da prisão (título: «Salazar in, Otelo out»), e, calculo, o Diário de Notícias (era o cavia). Descansadamente a ler o jornal, enquanto o dia amanhecia. R.S. acenou-me, entrou e saiu. Primavera. Dezasseis anos, hoje: vocês fazem lá ideia sobre o que é que eu estou a falar.
As palavras que nunca te direi
A Queda dá-nos uma perspectiva extremamente humana sobre aqueles últimos dias. Identifiquei-me muito.
(Estou a brincar: o filme não é grande coisa.)
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quarta-feira, abril 27, 2005
Espectacular! Preços de Ocasião
Tenho três bilhetes, que não vou poder usar e por conseguinte desejo vender, para o espectáculo do Sérgio Godinho no Jardim de Inverno do São Luís, esta sexta-feira (29) às 23h30. Está esgotado. A sala tem mesas, não tem lugares marcados, e cada bilhete custa 12 euros. A quem estiver interessado, agradeço que me envie um email para teguivel@gmail.com. Os primeiros dez indivíduos que provem chamar-se Fernando Jorge, ter nascido no mês de Setembro de 1973 e ser conhecidos na blogosfera portuguesa pelo nome de uma famosa estrela do futebol argentino dos anos 1980 e 1990 terão direito a um preço especial, de valor três vezes superior ao acima referido. Obrigado.
domingo, abril 24, 2005
1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser? É claro que não percebo a pergunta, mas suponho que não faça muita diferença. O Livro do Desassossego é apelativo, mas ser tão inteligente ia acabar por me cansar. Talvez um livro «de gajo» sobre si mesmo, por exemplo o Auster, Collected Prose, uma edição paperback muito bonita que está agora à venda na fnac por três contos; ou um livro de bolso do Marías, edição em espanhol, por ser do Marías y porque me encantaría hablar el castellano.
2 - Já alguma vez ficaste apanhado por uma personagem de ficção? Bastantes vezes, agora que penso nisso. Pela filha da minha lavadeira na «Tabacaria». Pelo gajo que fuma o cigarro no mesmo poema. Pelo outro que diz à Lídia que se sente com ele à beira do rio. Pelo A. da Invenção da Solidão do Auster. Pelo Pedro Mexia no início do Dicionário do Diabo (como se viu aqui). Pelo Calvin, totalmente. Por mim mesmo, mais vezes do que gostaria.
3 - Qual foi o último livro que compraste? Dois, na Feira do Livro Manuseado da Assírio e Alvim: para mim, o Livro de Cesário Verde numa edição com bom aspecto; para oferecer, o Livro do Desassossego.
4 - Qual o último que leste? The Dying Animal, de Philip Roth. O meu primeiro Roth. Achei fraquinho.
5 - Que livros estás a ler? Desde ontem à noite, A Construção da Democracia em Portugal, de Kenneth Maxwell (1995). Por motivos de actualidade francamente muito óbvios.
6 - Que 5 livros levarias para uma ilha deserta? Homero, Platão e Shakespeare – qualquer coisa. Dostoievski, Crime e Castigo. Freud, Obras Completas ou uma antologia que seja excelente. Pela prosaica razão de que não os li.
7 - A que 3 pessoas vais passar este testemunho? Só três? Ao maradona. Ao Moretti. À Catherine Tramell. E à Cameron Diaz.
quarta-feira, abril 20, 2005
Primeiras impressões (5)
Para anunciar a escolha de Joseph Ratzinger para Papa, ter-me-ia parecido mais adequado lançar não apenas fumo mas as próprias labaredas.
Primeiras impressões (4)
Edgar Correia juntou-se à triste, à perturbadora série de renovadores comunistas precocemente desaparecidos. Antes foram Luís Sá, João Amaral, Barros Moura. O destino fatídico destes «críticos» faz especial contraste com a longevidade de Cunhal. «Fora da Igreja Católica não há salvação», como a tempo preveniu o agora Papa Bento XVI.
Primeiras impressões (3)
A expressão «mais papista que o Papa» deixou de fazer sentido e cairá em desuso.
Primeiras impressões (2)
O canal Vénus reagiu com indiferença à nomeação do novo Papa.
Primeiras impressões
O Espírito Santo decidiu, está decidido.
quarta-feira, abril 13, 2005
As letras todas
Em conversa, sublinho o extraordinário verso que Pedro Mexia descobriu no opus de Mário Soares
«a clara oposição do clero negro»
e Fulana responde-me que não reparou, que leu «na diagonal». Mil vezes me dizem que lêem blogs na diagonal, e mil vezes me pergunto para que lêem blogs que são quase exclusivamente sobre palavras se as lêem na diagonal.
terça-feira, abril 12, 2005
Andrea Dworkin (1946-2005), duas sugestões
Não é de maneira nenhuma preciso concordar com virtualmente nada do que Andrea Dworkin - a feminista radical que morreu no último sábado - defendia para no entanto perceber que as questões para que remete são importantes. Não li nenhum dos seus livros (nem propriamente tenciono) e tinha até hoje apenas noções vagas sobre o seu pensamento: os soundbytes - «Pornography is the theory, rape is the practice» - e a tese altamente desconcertante segundo a qual «Intercourse remains a means, or the means, of physiologically making a woman inferior: communicating to her, cell by cell, her own inferior status (...) pushing and thrusting until she gives in.» Do bastante que li hoje, achei o obituário do Guardian (com muitos links no fim) e um texto da feminista norte-americana Susie Bright (ao qual cheguei através do seu blog) particularmente recomendáveis.
segunda-feira, abril 11, 2005
Um Papa negro
 
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