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A Praia

«I try to be as progressive as I can possibly be, as long as I don't have to try too hard.» (Lou Reed)

teguivel@gmail.com

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quinta-feira, dezembro 29, 2005

Rio
Para quem é apaixonado pelo Brasil e em especial pelo Rio de Janeiro, os brevíssimos filmes da série Ginga, produzidos por Fernando Meirelles, que passam todos os dias na SIC-N antes dos noticiários, são um deslumbramento. No Maracanã, na Rocinha, em Ipanema/ Leblon, onde eu estive, tem as conversas, os sotaques, as expressões próprias do Rio de Janeiro - «até que enfim que tu conseguiu!»; «ah, isso é o de menos!». Não sei onde se arranja isto: se houver quem saiba, diga-me, que eu gostava muito de ter.
 
Christmas carol
Uma vez por ano, uma canção de natal. «La chanson de Prévert», Serge Gainsbourg, 1961: muito no princípio, quase irreconhecível.



Oh je voudrais tant que tu te souviennes
Cette chanson était la tienne
C'était ta préférée
Je crois
Qu'elle est de Prévert et Kosma

Et chaque fois "Les feuilles mortes"
Te rappellent à mon souvenir
Jour après jour
Les amours mortes
N'en finissent pas de mourir.

Avec d'autres bien sûr je m'abandonne
Mais leur chanson est monotone
Et peu à peu je m'indiffère
A cela il n'est rien
À faire

Car chaque fois "Les feuilles mortes"
Te rappellent à mon souvenir
Jour après jour
Les amours mortes
N'en finissent pas de mourir.

Peut-on jamais savoir par où commence
Et quand finit l'indifférence
Passe l'automne vienne
L'hiver
Et que la chanson de Prévert

Cette chanson
"Les feuilles mortes"
S'efface de mon souvenir
Et ce jour là
Mes amours mortes
En auront fini de mourir

repeat, repeat, repeat, repeat (a ver se pega)
 
You are angelic
Isto foi um dia muito estranho. Começa porque uma pessoa disse, espontaneamente, com ar franco, que eu era um «falso mau»; e acaba com um teste de que eu esperava o pior, ao qual eu cheguei a partir dali, e que deu nada menos do que isto:


How evil are you?
 

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Balanço do ano
1973 não foi um ano bom para mim.
 

terça-feira, dezembro 27, 2005

Ah, flowers
 

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Broken


«Flores partidas» não é uma tradução muito boa para «broken flowers», mas também não era um trabalho fácil. Como se sabe, «broken» em inglês tanto é «partido» quanto «estragado». Mas «flores estragadas» não é uma expressão muito usual em português; dizemos antes flores «velhas» ou «murchas». E se tivessem traduzido o filme por «Flores Velhas» ou «Flores Murchas» seria muito pior, porque se perdia a ambiguidade e dava um resultado pesado, que as «broken flowers» não têm. Seja como for, vejam o filme com alguma atenção.
 
Listas (2)
Os sete filmes estreados em 2005 que eu vi sem sair do cinema a achar que tinha estado a perder o meu tempo. (Não estou a contar com os filmes do Doc Lx, alguns muito bons, porque não guardo registo.) Os dois primeiros podiam estar na lista (1), e o terceiro quase; o último não chega a ser um filme, o que dá ideia de como foi preencher esta lista:
1. Saraband (09.03.2005)
2. Broken Flowers (25.12.2005)
3. Life Aquatic with Steve Zissou (12.05.2005)
4. Nine Songs (05.09.2005)
5. Closer (16.02.2005)
6. Maria Cheia de Graça (01.03.2005)
7. Inside Deep Throat (02.10.2005)

Não vi, e gosto de pensar que poderiam estar, Wallace and Gromit - a maldição do Coelhomem, Grizzly Man, Charlie e a Fábrica de Chocolate e talvez mesmo Last Days. Em breve publico a relação completa dos filmes que vi este ano, embora naturalmente sem presumir que isto possa ter qualquer interesse seja para quem for; é coisas que se fazem no dia de Natal à noite.
 
Listas (1)
Os dez melhores filmes de 2005. Isto de melhores é um bocado relativo:
1. O Homem que Matou Liberty Valance (27.06.2005)
2. Os Verdes Anos (29.03.2005)
3. O Caçador (04.11.2005)
4. Mónica e o Desejo (04.03.2005)
5. Mr Deeds goes to Town (14.10.2005)
6. Aurora (11.12.2005)
7. As duas inglesas e o continente (09.06.2005)
8. Les 400 coups (17.05.2005)
9. Baisers Volés (20.05.2005)
10. A Mulher do Lado (31.05.2005)
 

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O espírito da quadra (2)
Se a quadra fosse para ser feliz, tê-la-iam posto no Verão.
 

terça-feira, dezembro 20, 2005

«(...) Mas esta foi também uma vitória de sabor amargo. Portugal, há 20 anos salvo da generosidade das políticas de coesão europeias, ganhou em toda a linha porque foi tratado como um dos países menos desenvolvidos e com mais dificuldade em convergir para a riqueza europeia. Não foi esse o caso da Espanha, nem, muito menos, da Irlanda, nossos companheiros no antigo "grupo da coesão", que tiveram de lutar por não se transformarem demasiado depressa em contribuintes líquidos do orçamento europeu.
Estamos agora no mesmo pelotão dos recém-chegados países do Leste. O que é triste. Mas pode ser ainda mais triste se, daqui a sete anos, em vez de termos aproveitado bem esta última bênção dos fundos, continuarmos no grupo dos mais pobres, correndo o risco de ver alguns dos nossos companheiros de hoje passar pelo agradável "aperto" que a Espanha atravessou neste Conselho Europeu. (...)»

[Teresa de Sousa, no Público de hoje]
 

sexta-feira, dezembro 09, 2005

A ler
«Homenagem ao Prof. Lindley Cintra», por Pedro Mexia.
 

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Ideias na TV
Recomendo que vejam, às quartas, na RTP-N, às dez da noite, as conversas entre Paulo Varela Gomes e a jornalista Sandra Sousa (a espaços interrompidos por Paulo Tunhas), no programa chamado «Choque Ideológico». Estou à vontade para dizer isto porque é frequente eu discordar, e discordar violentamente, das opiniões do Paulo Varela Gomes, já para não falar da embirração estritamente pessoal que ele tem por Mário Soares e que expõe a cada semana. A emissão da noite passada foi das conversas mais inteligentes que tenho visto em televisão em muito tempo. E a pertinência das intervenções da jornalista também contribuiu muito para isso.
 
O espírito da quadra
Sou um firme defensor da liberdade de celebração religiosa. Chega o Natal, porém, e hesito.
 

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Autobiografia política
Da Política XXI à Política LXXXI.
 

terça-feira, dezembro 06, 2005

(...) Ao contrário do que argumentam, sem nenhum respeito pela evidência, os partidários da manutenção dos crucifixos nas escolas, não é verdade que os que defendem a sua retirada preconizem a eliminação da religião da esfera pública. Ninguém defende tal coisa. A liberdade de culto público, a abertura de igrejas e lugares de culto, o porte pessoal de vestes e de símbolos religiosos, as manifestações religiosas de massas, tudo isso faz parte integrante da liberdade de religião, como tal garantido na Constituição e no património democrático do país. Como se viu, a religião nem sequer está proscrita da escola. Ao contrário da França, poucos defendem entre nós a interdição de vestuário ou o uso de símbolos religiosos por parte de alunos nas escolas públicas (de resto, dificilmente uma tal interdição seria compatível com a Constituição).
(...) E é evidente que a inadmissibilidade de crucifixos nas escolas públicas, enquanto tais, nada tem a ver com a sua presença na arquitectura de alguns edifícios escolares, e outros edifícios públicos, outrora com funções religiosas. Relacionar as duas coisas é um puro sofisma, indigno de qualquer argumentação decente. O mesmo se diga, de resto, da invocação dos feriados religiosos, oficialmente reconhecidos, que na sua origem não são mais do que dispensa de obrigações públicas para que os crentes possam cumprir as suas obrigações religiosas. Na medida em que não implicam nenhum compromisso religioso do Estado, nem nenhuma ingerência deste na religião, os feriados religiosos não constituem em si mesmos uma infracção do princípio da laicidade (a não ser na sua vertente da igualdade das confissões, dado que não existem feriados relativos às demais religiões com presença significativa em Portugal). (...)

[Vital Moreira, no Público de hoje]
 
As questões
- Ih, com a barba por fazer! O que é que a sua mãe vai pensar? E o que é que a sua avó vai dizer?

[a maquilhadora da RTP, ontem à noite]
 

segunda-feira, dezembro 05, 2005

O passeio na Avenida
O «passeio na Avenida», em poucas palavras, explica-se assim: acontece-me muitas vezes estar a conversar sobre as presidenciais, até um dado momento em que o meu interlocutor me diz: «quando o tema das eleições estiver encerrado, em Janeiro...». Ao que eu sempre interrompo: «em Fevereiro, em Fevereiro...» Curiosamente, em nenhum outro grupo encontro tanta convicção na vitória de Cavaco Silva como entre os jornalistas. Ora, seria muito surpreendente se deste pressuposto não resultassem quaisquer efeitos.
 
Do desassossego
Excepcionalmente, o meu debate com Helena Matos na RTP-N é hoje, logo depois do confronto entre Cavaco Silva e Manuel Alegre. A partir da próxima semana, o nosso «choque ideológico» passará a ser às sextas. E entretanto ainda vou à SIC-N esta quinta-feira, discutir com Bernardino Soares (não é um heterónimo de Pessoa) na sequência do debate entre Mário Soares e Jerónimo de Sousa.
 

sábado, dezembro 03, 2005

À atenção do Henrique Raposo
(do Acidental: na volta, vais ter de mudar de ladaínha)

«O modelo multicultural, que é um modelo de exclusão elegante, mas de exclusão pela diferenciação, é um modelo fracassado.»
[Francisco Louçã em entrevista ao Público, 1.12.2005]
 
Acredite, se ler no Expresso
Dizem-me que o Expresso noticia hoje que a candidatura de Mário Soares é a única que ainda não reuniu as 7500 assinaturas necessárias para se oficializar. Dizem que é um sinal evidente de desorganização. Não duvido: sinal de desorganização é não haver na candidatura de Soares quem meta notícias no Expresso.
O prazo para recolha de assinaturas termina daqui por mais de três semanas; a notícia sai hoje vá lá saber-se porquê. De qualquer forma, se quiser colaborar (é um processo chato, mas a causa é boa), pode fazer download ali.
 
Adenda
«O João Pedro George diz que "Um leitor minimamente exigente tem o direito de reclamar muito mais de uma intelectual prestigiada como Maria Filomena Mónica". Ela é uma intelectual prestigiada? Onde? Acho que o livro vale como diário duma pessoa qualquer, e realmente não se nota nada que é escrito por uma "intelectual prestigiada". Nesse aspecto, concordo que é decepcionante. Agora, quantos diários de betas dos anos 1960 existiam até hoje?»

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