«I try to be as progressive as I can possibly be, as long as I don't have to try too hard.» (Lou Reed)
terça-feira, janeiro 31, 2006
Vasco Pulido Valente
Os melhores bloggers, quase sem excepção, têm colunas nos jornais. Os melhores cronistas da imprensa, mais coisa menos coisa, têm blogs. Restam poucos blogs que sejam muito diferentes daquilo que se pode ler nos jornais - assim, assim, assim ou assim. Pelo contrário: grande parte do que se encontra hoje nos blogs são textos de jornal, só que mais mais embrionários, mais mal-escritos, mais descuidados. Não me sinto otimista.
Mais listas
Top 10 colunistas políticos da imprensa portuguesa: 1. Pacheco Pereira, no Público às quintas. 2. Vital Moreira, no Público às terças. 3. Vasco Pulido Valente, no Público às sextas, sábados e domingos. 4. Pedro Magalhães, quando regressar. 5. Ana Sá Lopes, no DN às sextas e sábados. 6. Teresa de Sousa, no Público às terças (?). 7. Eduardo Cintra Torres, no Público aos domingos. 8. Luciano Amaral, no DN às quintas. 9. Rui Ramos, no Diário Económico às quartas. 10. Mário Mesquita, no Público aos domingos.
E ainda: João Bénard Costa (Público, domingos, categoria: artes), José Cutileiro (Expresso, categoria: necrologia), João Carlos Espada (Expresso, categoria: humor), João Pereira Coutinho (Expresso, categoria: Expresso), Pedro Mexia (revista DN aos sábados, categoria: crónica), Miguel (Pública aos domingos, categoria: desenho), Francisco Ferreira (Expresso, categoria: cinema).
Quase que escrevia aqui uma coisa mas
The act of publicly reporting on something is never neutral--it affects the reported content itself.
Então desisti.
quinta-feira, janeiro 26, 2006

[para o Rui Tavares]
domingo, janeiro 22, 2006
Patriotismo de esquerda
O país merece? Eu não.
sábado, janeiro 21, 2006
Apaziguamento?
Vasco Pulido Valente Público, 21 de Janeiro de 2006
É curioso que, perante a ameaça nuclear do Irão, vários comentadores se tenham lembrado imediatamente da Alemanha nazi. O mito do "apaziguamento" de Hitler, ou, no caso, a sua versão vulgar, continua vivo. Nos velhos, como José Cutileiro, e também nos novos, como João Pereira Coutinho, e mesmo, com muito mais perigo, em Jacques Chirac, para nosso mal, Presidente da França. Sucede que não há qualquer semelhança, nem sequer "paralelismo" (para usar uma palavra "moderna"), entre a situação da Europa em 1935-39 e a situação que hoje se vive no Médio Oriente. O plano de Rumsfeld para ocupar o Iraque, que se inspirava no modelo de 1945 para a Alemanha, já provou isso à saciedade. Mas parece que ninguém aprendeu e que o "apaziguamento" volta a servir de exemplo a quem pensa razoável (e possível) submeter o islão pela força. O "apaziguamento" tinha uma lógica, que o fracasso fez esquecer. O tratado de Versailles impusera à Alemanha uma paz cartaginesa, universalmente condenada e que a própria Inglaterra estava disposta a corrigir. Até certo ponto (difícil de estabelecer), não era extravagante pensar que a reafirmação nacional da Alemanha a pudesse trazer a posições mais moderadas. Se agora sabemos que Hitler queria a guerra desde o princípio, os contemporâneos não sabiam. Ainda por cima, e tirando a aberração (que se esperava efémera) do nazismo, não custava imaginar um entendimento durável com a Alemanha educada e cristã, parte da história comum do Ocidente. Em 2005, o problema com o Irão, como em geral com o mundo muçulmano, não é um problema de "apaziguamento", é um problema de estratégia militar e política. Claro que a classe média do Ocidente não aprovará nada que perturbe o seu repouso e prazer e que a "Europa", a bem do Estado providência, acabou por ficar impotente e desarmada. E claro que a fraqueza interna de Bush (que a Al-Qaeda já tenta explorar) e a relativa paralisia de Israel complicam as coisas. Só que muito para lá disso existem duas questões de essência. Primeira questão: como intervir? Com um ataque aéreo provavelmente ineficaz? Com armas nucleares, como insinuou Chirac? Com uma invasão em forma sem um objectivo plausível e finito? Segunda questão, e não menos decisiva: quem vai substituir Ahmadinejad e afins do Irão à Síria? Sem uma resposta clara e positiva a estas perguntas é inútil esperar seja o que for das democracias do Ocidente. Não porque elas desejem "apaziguar" o radicalismo islâmico, mas porque não se querem meter num beco sem saída, como o Iraque. Pior do que o Iraque.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Confere

Your Score Your scored -4 on the Moral Order axis and 2.5 on the Moral Rules axis. Matches The following items best match your score: 1. System: Socialism 2. Variation: Moderate Socialism, Moral Socialism 3. Ideologies: Social Democratism 4. US Parties: No match. 5. Presidents: Jimmy Carter (88.95%) 6. 2004 Election Candidates: Ralph Nader (88.95%), John Kerry (79.63%), George W. Bush (48.22%)
Statistics Of the 147645 people who took the test: 1. 1% had the same score as you. 2. 13.9% were above you on the chart. 3. 73.6% were below you on the chart. 4. 77% were to your right on the chart. 5. 16.2% were to your left on the chart.
[Via bomba reacionária]
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Todos ao comício na FIL da Junqueira, às 21h
 Ou então à cinemateca às 21h30, A Rosa Púrpura do Cairo.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Gatas Extraordinárias
João Morgado Fernandes, no DN, faz a gentileza de uma referência a este blog: diz que no Super Mário toca (tocava) Caetano Veloso, «como se estivéssemos em http//a-praia. blogspot.com.» Mas não é bem verdade. No Super Mário tocava o «Língua»; aqui têm que ser as «Gatas Extraordinárias».
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